Mais um acidente vitimou seriamente um trabalhador dentro da área da USIMINAS. No dia 04/06, um trabalhador na Conenge teve o pé esquerdo amputado porque foi atropelado pela placa na mesa de rolos na entrada do laminador desbastador, na linha de Tiras a Quente.
No dia 09/04, outro trabalhador foi vítima das péssimas condições de trabalho impostas pela usina e suas empresas terceirizadas e morreu na Usiminas em Cubatão/SP. André Luis de Souza tinha 29 anos, era pai de uma criança de 6 anos e trabalhava na empresa terceirizada Enesa. André morreu esmagado por uma peça de quase 40 toneladas. André é mais um dos nossos irmãos de classe que teve sua vida arrancada pelas condições assassinas de trabalho impostas pelo Capital. Só na Usiminas, em Cubatão/SP, foram mais de 50 trabalhadores que perderam a vida desde 1988, e a maioria eram de empresas terceirizadas.
A terceirização aumenta a precarização do trabalho ocasionando mais acidentes e doenças. E esse é o objetivo do PL 4330, liberar a terceirização de todas as atividades realizadas em uma empresa.
O Projeto de Lei 4330/2004, votado na Câmara dos deputados, dia 08/04, não tem nenhum objetivo de garantir proteção aos direitos dos trabalhadores nas empresas terceirizadas. Seu único objetivo é manter e ampliar a terceirização nas empresas privadas e no serviço público para que as empresas possam aumentar a exploração através do rebaixamento das condições de trabalho e do preço da força de trabalho. O resultado é mais demissões e contratações com salários menores e diminuição dos direitos.
Atualmente, 26% dos trabalhadores brasileiros são terceirizados e esse número pode triplicar com a aprovação do projeto. Estima-se que um trabalhador terceirizado ganhe de 24% a 50% menos que os com contrato direto.
Além da denúncia para os órgãos de fiscalização e das ações judiciais, em nossas mobilizações também é prioridade a luta contra as péssimas condições de trabalho.
NÃO ESQUECEMOS! NÃO PERDOAMOS!