A atual diretoria tomou posse em outubro de 2013 após derrotar a antiga diretoria pelega do Boca Roxa que era pau mandado da USIMINAS. E a cada dia estamos ampliando a luta em defesa dos metalúrgicos e reorganizando o Sindicato para ser um instrumento de defesa do conjunto da categoria.
Junto à luta em defesa dos nossos direitos, também estamos reorganizando o Sindicato para melhor atender os metalúrgicos sindicalizados em todos os departamentos como saúde, jurídico e colônia de férias.
Na época dos pelegos, o Sindicato era sustentado pelas empresas que doavam dinheiro e financiavam festas como o 1º de Maio. Em troca, os pelegos entregavam nossos direitos e assinavam Acordos que prejudicavam os trabalhadores.
Segundo petição do Ministério Público do Trabalho no processo 1049.2011.097, a USIMINAS doou ao SINDIPA mais de 3 milhões e 600 mil reais utilizando de fraude com as empresas CAIPA e TGC. Só parte desse valor foi contabilizado no Sindicato. Segundo uma matéria publicada na mídia, denominada “Modalidades de caixa dois”, Luiz Carlos Miranda sacou R$ 68 mil de uma conta da SMP&B, do famoso corrupto Marcos Valério, para pagar o show de Zezé de Camargo e Luciano na festa do 1º de maio. Esse repasse foi inclusive investigado pela CPI do mensalão. As festas do 1º de maio realizadas pelos pelegos sempre foram bancadas pelas empresas que mandavam no Sindicato, além de serem uma tentativa de apagar a história de luta dos trabalhadores.
O Sindicato agora é independente, não presta continência para as empresas e não recebe mais dinheiro dos patrões. Agora a única forma de sustentação da estrutura da entidade é a mensalidade dos metalúrgicos sindicalizados.
Além do famoso “por fora” que os pelegos recebiam das empresas, eles enchiam o bolso com dinheiro dos trabalhadores. Cada diretor da antiga gestão recebia, além do salário da usina, uma ajuda de custo com valores altíssimos. Em reunião realizada no dia 13 de julho de 2009, os antigos diretores do sindicato decidiram os valores que cada um receberia:
Agora, na nova gestão acabou a ajuda de custo. Nenhum diretor recebe para ser diretor. Toda a estrutura do Sindicato está voltada para a luta e para melhor atender os trabalhadores.
A USIMINAS antes pagava grandes quantias para os diretores pelegos, além de regalias como sair do trabalho a hora que queriam e promoções para cargos mais altos, mas agora, a empresa faz de tudo para impedir que os diretores da nova gestão exerçam suas atividades sindicais.
Quando os diretores precisam ser liberados do trabalho para alguma reunião ou atividade sindical, como panfletagens e mobilizações, a empresa desconta o dia e todos os reflexos, como adicional noturno, insalubridade/periculosidade, as férias e os depósitos de INSS e FGTS. E esses valores têm que ser repostos pelo Sindicato.
Além disso, os diretores são diretamente atacados e perseguidos pela empresa. Alguns foram transferidos, outros foram proibidos de acessar a área e até retaliações contra os parentes os diretores da atual gestão sofreram.
Mas nenhum ataque vai nos impedir. Realizamos auditoria nas contas do Sindicato e estamos firmes reorganizando a entidade e trabalhando para recuperar o patrimônio da categoria que foi destruído pelos pelegos.
E não vamos deixar impune o que os pelegos fizeram, as devidas ações judiciais seguem para exigir que devolvam o que tiraram dos metalúrgicos.