A luta continua contra o arrocho salarial, as demissões e o desrespeito aos direitos
Ontem, 23, ocorreu o julgamento do dissídio coletivo da Campanha Salarial dos nossos companheiros da USIMINAS em Cubatão. A juíza responsável pelo relatório do processo apresentou seu voto que determina que Usiminas deve pagar 8,34% de reajuste salarial (isso é o INPC acumulado de maio de 2014 a abril desse ano), o mesmo índice deve ser aplicado no piso salarial e também no abono que deve ser de R$1.500,00 mais 8,34%, e estabilidade de 90 dias.
A última proposta da USIMINAS, rejeitada pelos trabalhadores, era de 6,3% de reajuste e R$1.200,00 de abono.
A maioria dos juízes presentes no julgamento apoiou o voto da relatora, mas um deles apresentou proposta para que as negociações fossem retomadas, tanto nas cláusulas econômicas como nas sociais e por isso o processo ainda não foi concluído.
Isso significa que se até o dia 07 de outubro a Usiminas não apresentar nova proposta, a partir dessa data ela é obrigada a cumprir o que foi definido pela maioria do Tribunal, ou seja, reajustar os salários em 8,34% retroativo a maio, reajustar o piso e o abono também em 8,34% e garantir a estabilidade no emprego.
A mobilização dos trabalhadores juntos com o Sindicato impediu que a Usiminas desse o calote até no INPC. As mobilizações nas portarias, a assembleia de agosto que rejeitou por maioria a proposta da direção da empresa de 6,3%, foram fundamentais para impedir o calote do pagamento das perdas acumuladas dos últimos 12 meses.
A nossa luta continua!
A Usiminas através de seus acionistas tenta diminuir os salários e direitos para aumentar seus lucros. Mas eles sabem que agora em Ipatinga(MG) e em Cubtaão, o Sindicato é um instrumento de organização e luta dos trabalhadores e juntos vamos continuar a luta contra o arrocho nos salários e o ataque aos nossos direitos. E é na luta que vamos enfrentar também as demissões.
Abaixar a cabeça, não participar das mobilizações só vai aumentar a pressão e o facão das demissões. Contra a pressão, as demissões e o desrespeito aos direitos, o caminho é a mobilização.