Na reunião realizada dia 11/01, a USIMINAS tentou mais uma vez enganar os trabalhadores.
Ela teve a cara de pau de insistir no calote do pagamento das perdas acumuladas de mais 10% e, como viu que os trabalhadores não se deixaram enganar pelo abono e continuaram mobilizados na defesa do reajuste salarial, tentou outro golpe.
COMO EM 2015 MENTEM DESCARADAMENTE DIZENDO QUE VÃO GARANTIR ESTABILIDADE
Segundo a USIMINAS, se os trabalhadores aceitassem ficar um ano sem reajuste salarial acumulando perdas de mais de 10%, a empresa manteria 98,4% dos trabalhadores, segundo apuração mensal, até 31/10. Mas essa SUPOSTA ESTABILIDADE significa que a empresa poderia demitir 1,6% dos trabalhadores por mês, ou seja, 16% até a próxima data base, o que dá mais de 1.100 metalúrgicos.
Sem contar que pedidos de demissão, dispensa por justa causa e de aposentados não entrariam na conta. Além disso, ela poderia contratar novos trabalhadores com salário mais baixos e demitir os mais antigos, mantendo 98,4% do seu quadro a cada mês e aumentando assim as demissões.
Ou seja, no final o número de trabalhadores demitidos poderia ser bem maior. Portanto, a proposta da USIMINAS é legalizar via Acordo uma demissão em massa.
RESUMINDO: MAIS UMA VEZ A USIMINAS QUER REDUZIR OS SALÁRIOS E DEMITIR.
Veja a proposta:
- 0% de reajuste salarial
- R$ 2.500,00 de abono na primeira parcela e R$ 1.500,00 na segunda parcela só no pagamento de maio.
- Demissão de mais de 16% dos trabalhadores até a próxima data base.
A proposta já foi rejeitada, em mesa, pelo SINDIPA.
USIMINAS ESTÁ TENTANDO O MESMO GOLPE DO ANO PASSADO
No primeiro semestre de 2015, a USIMINAS tentou de tudo para reduzir os salários dos trabalhadores em 15% começando pela semana inglesa, mas com o objetivo de atingir todos. Mentiu, pressionou e botou seus pelegos do SENGE, SINTEC, e a Turminha do Boca Roxa para assediar os trabalhadores. Mas não conseguiu. Desmascaramos a USIMINAS e seus reais interesses e através de muita luta na usina, na cidade e também com ações judiciais impedimos a redução salarial.
Agora a USIMINAS quer reduzir os salários ao não reajustar nem as perdas que já tivemos com a inflação de 10,33%. Abono não é salário. Ele entra e já sai. Até salário mínimo foi reajustado em 11,28%.
Assim como no ano passado, vamos todos juntos enfrentar mais essa tentativa de golpe. Já pedimos uma reunião de mediação com o Ministério do Trabalho e já estamos dando andamento às devidas ações jurídicas necessárias a instauração do dissídio coletivo.
E o mais importante, vamos seguir mobilizados, pois foi na luta que barramos a tentativa da Usiminas de reduzir os salários. Esse é o caminho mais importante para garantirmos nossas reivindicações.
Portanto fique atento. A luta é feita por todos nós, participe das assembleias e das mobilizações que vamos realizar na portaria.
NO NOSSO SALÁRIO NÃO!
VAMOS À LUTA CONTRA O CALOTE DA USIMINAS!