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Na reunião com o MTE mostramos que a USIMINAS se recusa a pagar o que deve aos trabalhadores

22/01/2016

No dia 22/01, por solicitação do SINDIPA, foi realizada uma reunião de mediação no Ministério do Trabalho, pois a USIMINAS se recusa a discutir de fato as reivindicações dos trabalhadores na Campanha Salarial.

Mostramos para o MTE que o que a Usiminas chama de proposta na realidade é mais uma tentativa da direção da empresa de reduzir os salários permanentemente e que não há garantia de emprego como ela vem afirmando, ao contrário, a proposta permite a demissão de quase 20% dos trabalhadores.
Na reunião, depois de muita choradeira e cobrada pelo representante do MTE, a USIMINAS se comprometeu a apresentar uma proposta no dia 26/01 em reunião. E já deixamos bem claro que só é proposta se tiver reajuste salarial. 
Em nenhuma das reuniões realizadas até agora, a USIMINAS apresentou uma proposta de reajuste salarial, ao contrário, ela se recusa a pagar até as perdas acumuladas no período. 0% é perda salarial que vai prejudicar o trabalhador até após a aposentadoria e vai impactar nos reajuste futuros. Ou seja, vamos acumular perdas todos os anos.
Somando o que a empresa deveria pagar do acumulado do retroativo mais o que deveria pagar de PLR já é superior ao valor do abono  
Com a correção do salário segundo a inflação de 10.33%, o retroativo desde a data-base (novembro), contando com janeiro, já soma R$ 1.033,00 para um trabalhador que recebe R$ 2.500,00. 

E somando a PLR que a Usiminas já anunciou que vai dar calote, o valor já supera o abono que ela está oferecendo.  


Portanto, de calote em calote o que pretende a Usiminas é a redução salarial. Não pagar nem as perdas acumuladas é a forma que a empresa agora tenta para reduzir os salários, pois o abono não é incorporado aos salários, ao FGTS e a Previdência, ou seja, perdemos agora e também na hora da aposentadoria. Além disso, o abono entra e já sai e, antes disso, o imposto de renda morde um bom pedaço.
E para pressionar os trabalhadores a empresa ameaça de demissão, assim como fez no ano passado. Mas todos viram que onde a Usiminas conseguiu reduzir os salários, as demissões continuaram. A própria proposta dela garante a demissão de mais de mil trabalhadores até novembro e aceitar a proposta é legitimar essas demissões. 

 

Ao mesmo tempo em que não apresenta proposta, a Usiminas mente sobre o dissídio coletivo

Para aumentar a pressão contra os trabalhadores, a Usiminas está dizendo que se a Campanha Salarial for para dissídio vai acabar o retorno de férias. ISSO É MENTIRA. 
O processo sobre o dissídio julga apenas o que está num impasse, ou seja, a questão salarial. Os demais direitos já estão garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho e não podem ser rebaixados ou retirados, já são direitos garantidos, nem a USIMINAS, nem o judiciário podem retirar.
O dissídio coletivo é um processo judicial que pode ser instaurado quando a negociação não avança, e é isso o que vamos mostrar na ação: a postura da empresa em todas as reuniões em não apresentar nenhuma proposta de reajuste e de tentar reduzir o salário dos trabalhadores não pagando o que deve.

 

 

 

 


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