Desde o ano passado, a USIMINAS está tentando espalhar medo entre os trabalhadores e na comunidade para forçar a redução salarial e o calote de 0% no reajuste.
Mas os resultados divulgados ontem, dia 18/02, pela própria empresa, mostram que a produção e a venda de aço aumentaram no 4º trimestre do ano passado.
A produção de aço bruto da empresa aumentou 6,6% na comparação com o 3º trimestre, e em Ipatinga o aumento foi de 11%. As vendas totais de aço aumentaram 2,2%, na comparação com o 3º trimestre, totalizando 1,2 milhão de toneladas. “O mix de vendas no período registrado foi sensivelmente melhor: 73% no mercado interno e 27% nas exportações”, site Plox.
Os resultados negativos são devido à baixa contábil (impairment) realizada pela empresa na mineração e na siderurgia em Cubatão.
O que isso significa?
Todas as empresas fazem uma previsão para o mercado de quanto valem as suas reservas, no caso da USIMINAS ele fez uma previsão dos valores das suas jazidas de minério de ferro e do estoque de coque, em Cubatão. Como o preço desses dois produtos diminuiu, a USIMINAS teve que anunciar para o mercado a redução do valor das suas reservas o que impactou nos seus resultados, apesar do aumento na produção e na venda de aço, como mostramos acima.
Veja o que saiu na imprensa:
“Grande parte do prejuízo, contudo, refere-se à baixa contábil realizada pelo grupo nos segmentos de mineração e siderurgia, de R$ 1,6 bilhão. Não fosse essa decisão de realizar o “impairment”, a companhia teria, na verdade, lucro de R$ 217,3 milhões no trimestre”. VALOR ECONOMICO
“Excluindo-se os efeitos extraordinários supracitados, o EBITDA ajustado no 4T15 teria sido positivo em R$57,0 milhões, mostrando uma melhoria do resultado operacional da Companhia”. PLOX
Gastos extraordinários também impactaram o resultado final, como as provisões de despesas relacionadas aos desligamentos trabalhistas na Usina de Cubatão e de despesas relacionadas à renegociação do contrato “take or pay”de transporte de minério, celebrada entre a Mineração Usiminas e a MRS.
EXCLUINDO ESSES GASTOS EXTRAORDINÁRIOS E AS DESPESAS FINANCEIRAS, QUE AUMENTARAM MUITO PRINCIPALMENTE DEVIDO A ALTA DO DÓLAR, A USIMINAS TEVE UM LUCRO DE R$ 469 MILHÕES EM 2015.
Os dois principais acionistas da USIMINAS, a Nippon, segunda maior produtora de aço no mundo, e a Ternium, divulgaram também que vão realizar, em março, uma nova reunião do conselho da empresa para discutir um plano de injeção de dinheiro na usina.
A Nippon já anunciou seu interesse nessa operação que ainda não foi realizada por divergência da Ternium no que diz respeito às estratégias da empresa e do comando da mesma.
OU SEJA, O PROBLEMAS ATUAL NA USIMINAS NÃO É A FALTA DE DINHEIRO, MUITO MENOS A PRODUÇÃO DE AÇO, E SIM A DISPUTA ENTRE OS ACIONISTAS PARA VER QUEM MANDA MAIS E GANHA MAIS!
A USIMINAS faz chantagem dizendo que é preciso reduzir salários para manter empregos, MENTIRA. A realidade mostra que o objetivo é aumentar o lucro dos acionistas diminuindo os salários.
A VERDADE É QUE A USIMINAS ESTÁ TENTANDO CRIAR NA CIDADE UM CLIMA DE MEDO PARA FORÇAR A REDUÇÃO DE DIREITOS DOS TRABALHADORES E AUMENTAR OS LUCROS DOS ACIONISTAS!
OS TRABALHADORES NÃO VÃO PAGAR ESSA CONTA! DIREITOS NÃO SE RETIRAM!
A USIMINAS se enriqueceu muito com o trabalho dos metalúrgicos, seja dos efetivos ou das terceirizadas, pagando um dos menores salários do país. Agora mente e cria terror para retirar ainda mais de quem já tem muito pouco!
ESSA É UMA LUTA DOS TRABALHADORES E DE TODA A COMUNIDADE DO VALE DO AÇO, POIS O QUE FICA NA REGIÃO É O SALÁRIO DO PEÃO E NÃO O LUCRO DO PATRÃO