Depois das mobilizações realizadas pelo SINDIPA a USIMINAS marcou uma nova reunião que foi realizada ontem, dia 12/12. Mais uma vez, a empresa mostrou que não quer pagar nem as perdas que tivemos com a inflação.
O SINDIPA já rejeitou a proposta que não repõem nem o INPC desse ano na data base e solicitou uma nova reunião para o dia 14/12 . Veja a proposta:
- 4% em novembro, 2% em abril, 2,5% em maio SEM RETROATIVO.
- Sem avanço nas cláusulas sociais.
– R$ 1.300,00 de abono (que não cobre nem as perdas que teremos sem o retroativo, ou seja, na verdade não tem abono).
Com reajuste parcelado, os trabalhadores perdem não só o retroativo como os aumentos sobre os adicionais, retorno de férias e aposentadoria. O abono entra na conta e já sofre desconto e também não incide sobre os adicionais.
A USIMINAS e os pelegos querem aproveitar o aperto do fim do ano para forçar um acordo rebaixado. Mas não adianta pegar uma merreca de abono para o natal e passar o ano todo no aperto.
USIMINAS QUER TIRAR DO SALÁRIO DO TRABALHADOR PARA AUMENTAR OS LUCROS DOS ACIONISTAS
QUE SÓ CRESCERAM ESSE ANO
A Receita líquida aumentou 11,7% no terceiro trimestre desse ano em relação ao último trimestre. O EBTIDA foi de R$ 306,9 milhões, um aumento de 352%, comparado ao segundo trimestre. O lucro líquido foi de R$ 219,19 milhões e o Lucro bruto foi de R$ 266 milhões.
Também no terceiro trimestre, as ações da Usiminas aumentaram 186%. A produção de aço também aumentou, principalmente de chapas grossas, que teve um aumento de 30,5% comparado ao 2º trimestre.
As vendas de aço aumentaram e o preço também, subindo mais de 35%, e já anunciaram mais um aumento ainda esse ano.
Enquanto os lucros dos acionistas aumentam a cada dia, para os trabalhadores a única coisa que aumenta é a pressão por mais produção, o desrespeito, as péssimas condições de trabalho, o adoecimento e os acidentes.
E os salários estão cada vez mais arrochados. As perdas acumuladas desde 2015 já chegam a 19% e a USIMINAS apresentou uma proposta que não cobre nem as perdas de 2016.