Nos dias 30 e 31/01 foram realizadas reuniões com a Sankyu, Harsco, CMI e Magnesita.
E mais uma vez, para enrolar o pagamento do que devem aos trabalhadores, as empreiteiras não avançaram em praticamente nada nas propostas anteriores já rejeitadas.
Insistem em não pagar o que devem aos trabalhadores, pois querem parcelar o INPC, sem retroativo, e o abono é uma esmola que não dá para pagar nem o supermercado.
Todas as propostas foram inferiores a proposta da Convaço, que já era ruim, e que foi levada para votação na semana passada.
As propostas já foram rejeitadas e para enfrentar esse desrespeito das empresas, nessa semana, o SINDIPA e os trabalhadores farão novas mobilizações. Fique atento e participe!
Sankyu:
A Sankyu é a maior empreiteira da área da USIMINAS e a 35ª maior empresa do mundo de terceirização em logística, transporte e armazenamento.
Está presente internacionalmente em mais 14 países, além de 42 companhias no Japão. Emprega no mundo mais de 30 mil trabalhadores.
Prevê um lucro para o ano fiscal de 2016 (que encerra em 31 de março de 2017) de 12.911.000,00 ienes, o equivalente a R$ 356.343,00, e, enquanto isso, quer pagar uma merreca para os trabalhadores alegando que está em crise. Veja abaixo a proposta:
- 4% em novembro,
- 4,5% em abril (sem retroativo).
- R$ 300,00 de abono.
- Sem avanço nas cláusulas sociais, como cesta básica e plano de saúde.
Magnesita
A Magnesita é a maior empresa de refratários do mundo, com um lucro anual de aproximadamente 2,7 bilhões de euros (R$ 9,8 bilhões), e tem a cara de pau de chorar na reunião e não querer pagar nem as perdas que tivemos com a inflação na data base. Veja a proposta:
- 4% em novembro,
- 4,5% em abril (sem retroativo).
- R$ 200,00 de abono.
- Sem avanço nas cláusulas sociais, como cesta básica e plano de saúde.
Além disso, a empresa quer implementar o banco de horas para demitir e obrigar quem está na área a trabalhar mais, sem descanso e sem receber as horas, assim como faz a USIMINAS. E, na hora de folgar, é só no dia que a empresa quer. Uma das denúncias mais recorrentes dos trabalhadores na USIMINAS é o banco de horas que escraviza o trabalhador: trabalha muito mais quando a empresa quer e não consegue folgar.
A empresa também quer tirar do Acordo a cláusula que determina o envio da CAT para o Sindicato, ou seja, quer esconder ainda mais os acidentes, como tentou fazer no final do ano passado, e quer piorar o plano de saúde da empresa exatamente para os trabalhadores que estão adoecidos.
Harsco
A Harsco teve a cara de pau de aumentar R$ 200,00 no abono após a rejeição de mais de 80% a sua proposta, na assembleia realizada no mês passado.
Ela enrolou mais de 15 dias para apresentar uma nova proposta e agora vem com esmola.
Veja a proposta:
- 4% em novembro,
- 4,5% em abril (sem retroativo).
- R$ 200,00 de abono.
- Sem avanço nas cláusulas sociais.
E o desrespeito da empresa com os trabalhadores de Ipatinga é ainda maior. Em Cubatão, os trabalhadores tem garantido no Acordo Coletivo complementação do auxílio previdenciário, cesta básica de R$ 204,00, não tem banco de horas, alimentação no início da jornada, auxílio creche, garantia de emprego para os trabalhadores acidentados, afastados do serviço por doença ou em vias de aposentadoria, abono de férias de 40% do salário e prevenção a lesão de esforços repetitivos (7 minutos de descanso a cada 60 minutos de trabalho em determinadas funções)
CMI
A CMI, junto com a Sankyu, tem se tornado a empresa com maior número de denúncias das péssimas condições de trabalho que ocasionaram, inclusive, um grave acidente em dezembro do ano passado.
Além das irregularidades, a empresa insiste em não pagar o que deve aos trabalhadores. Veja a proposta:
- 4% em novembro,
- 4,5% em abril (sem retroativo).
- R$ 300,00 de abono.
- Sem avanço nas cláusulas sociais, como cesta básica e plano de saúde.