No dia 28/07, o grupo Usiminas divulgou seus resultados referentes ao 2º trimestre de 2017, que mostram como os acionistas lucraram muito às custas das péssimas condições de trabalho e baixos salários que vem impondo aos trabalhadores, veja:
Tudo que o Sindicato denunciou se confirma: USIMINAS vai reativar o alto-forno
Em 2015, a Usiminas tentou impor a redução salarial aos trabalhadores alegando que estava com dificuldade financeira e que inclusive estava fechando um alto forno em Ipatinga para reduzir custos.
Como o SINDIPA denunciou na época, a verdadeira estratégia da empresa era rebaixar os salários dos trabalhadores de forma permanente e aumentar os lucros dos acionistas. Apenas dois anos depois, a empresa comemora um crescimento de 62% no lucro líquido, a retomada das operações do alto forno desligado e já anunciou que pretende realizar novos investimentos.
O novo programa da plr de novo nada tem: aumenta a pressão por produção e esconde dados para dar calote nos trabalhadores
O informativo do grupo Usiminas sobre a PLR é mais um desrespeito, pois mente descaradamente ao dizer que o programa desse ano é melhor para os trabalhadores. Melhor mesmo só para a empresa, veja só:
- As metas em relação a custos e produção significam mais pressão contra os trabalhadores que terão que trabalhar ainda mais e em piores condições de trabalho.
- A empresa manteve o gatilho financeiro, ou seja, para ter pagamento de PLR é preciso que se atinja um valor do EBTIDA, mas esse valor não é divulgado.
- Outra sacanagem, criada esse ano, é que a empresa já separou uma quantidade de dinheiro para o pagamento da PLR que também não é divulgado, se a PLR ultrapassar esse valor não será pago integralmente, mas sim proporcional.
Ou seja, ela já estipulou o máximo que vai pagar, independente dos lucros e das metas, assim, mesmo que tudo for atingido ela só vai pagar o que quer e o valor máximo seria de apenas 1,5 salário.
Para os trabalhadores que garantem a produção e o lucro nada, já para a diretoria, bônus cada vez mais gordos.
Ao contrário do que diz a empresa, o SINDIPA não assinou o programa de PLR, pois não concordamos com as metas impostas e essa forma de negociação através de uma comissão usada pela empresa para impor o que quer.
O processo movido pelo Sindicato contra a PLR segue na justiça e já ganhamos em 2º instância.