Na reunião realizada, ontem, dia 26/10, sobre a Campanha Salarial, a USIMINAS só enrolou e não apresentou nenhuma proposta.
A pauta de reivindicação da Campanha Salarial foi entregue a todas as empresas no mês de setembro e, até agora, nenhuma empresa apresentou uma proposta.
Mais do que a enrolação, os patrões estão fugindo da nossa pauta porque com as mudanças na lei, com a reforma trabalhista que eles mesmos fizeram, se não houver Acordo Coletivo assinado todos os direitos que temos vão para o ralo.
Por isso, a nossa mobilização, além de ser para garantir o aumento salarial, é em defesa dos direitos que já temos nos Acordos Coletivos e que os patrões vão tentar retirar.
Veja alguns direitos que temos hoje nos Acordos Coletivos e que os patrões vão tentar retirar de você:
• Na Usiminas e na Usimec: vão querer acabar com o Retorno de Férias e o auxílio creche, por exemplo.
• Em algumas empreiteiras: complementação salarial em casos de afastamentos pelo INSS de até 180 dias, retorno de férias, estabilidade pré-aposentadoria para quem tem mais de 5 anos de trabalho na empresa, licença maternidade por até 120 dias depois do término da licença da Previdência;
Em alguns Acordos está também o piso salarial que é maior do que o salário mínimo. Então se não tiver Acordo Coletivo, os patrões vão arrochar os salários ainda mais, tentando pagar só o salário mínimo nas novas contratações.
Por isso, a mobilização esse ano precisa ser ainda maior e precisa começar desde já. Precisamos mostrar para os patrões que não vamos aceitar a retirada dos nossos direitos.
Foram marcadas novas reuniões para os dias 7, 13 e 21 de novembro. Fique atento aos materiais do sindicato. Seguimos falando na luta!
ENQUANTO TENTAM RETIRAR DIREITOS, OS LUCROS NÃO PARAM DE CRESCER
Entre julho e setembro deste ano, a USIMINAS vendeu mais aço e voltou a exportar minério. Também beneficiada pelo efeito de reajustes de preço de seus produtos, a companhia apurou receita líquida de R$ 2,74 bilhões, alta de 20,8% em comparação anual.
Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 444,1 milhões no trimestre, segundo o cálculo feito pela instrução 527 da CVM, aumento de 47,8%. O Ebitda ajustado subiu 47,5%, para R$ 452,8 milhões.
FONTE: VALOR ECONÔMICO