Hoje, dia 29/11, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e os trabalhadores na USIMINAS e empreiteiras realizaram uma manifestação contra as propostas rebaixadas das empresas para a Campanha Salarial que, além de não terem aumento salarial, retiram direitos dos trabalhadores.
A manifestação ocorreu na entrada do 1º turno na portaria da empresa no Centro e foi só o primeiro passo da luta que vai se intensificar se as empresas não apresentarem uma proposta com aumento salarial e que respeitem os direitos dos trabalhadores!
ENQUANTO TENTAM RETIRAR DIREITOS, OS LUCROS NÃO PARAM DE CRESCER
Entre julho e setembro deste ano, a USIMINAS vendeu mais aço e voltou a exportar minério. Também beneficiada pelo efeito de reajustes de preço de seus produtos, a companhia apurou receita líquida de R$ 2,74 bilhões, alta de 20,8% em comparação anual.
Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 444,1 milhões no trimestre, segundo o cálculo feito pela instrução 527 da CVM, aumento de 47,8%. O Ebitda ajustado subiu 47,5%, para R$ 452,8 milhões.
Proposta Usiminas
- INPC (1,83%) em novembro
- R$ 1.000,00 de abono.
- Aumento do banco de horas de 10 para 12 meses
- Exclusão da cláusula de garantia 99% de emprego
- Exclusão da cláusula que limita o parcelamento das férias em duas vezes
VEJA O QUE SIGNIFICA A PROPOSTA DA USIMINAS
QUEREM PIORAR O QUE JÁ É RUIM: AMPLIAÇÃO DO BANCO DE HORAS
- A proposta da Usiminas é ampliar o banco de horas de 10 para 12 meses, ou seja, mais calote nas horas extras, mais pressão na produção e mais adoecimento.
QUEREM MEXER NAS FÉRIAS DO TRABALHADOR
- A Usiminas também queria colocar no Acordo o parcelamento das férias em até 3 períodos como está na reforma trabalhista dos patrões e quem define os parcelamentos é a empresa de acordo com seus interesses. Hoje pelo Acordo Coletivo o parcelamento de férias é no máximo de 2 períodos.
E ela também quer facilitar as demissões para ampliar ainda mais a terceirização e contratar com piores salários e condições de trabalho.
Proposta da Sankyu
A proposta da Sankyu é ainda pior. O INPC é só a partir de janeiro, ou seja, não respeita nem a data base e o abono é uma esmola de R$ 100,00 proporcional ao tempo de trabalho.