As assembleias com paralisações nas portarias, realizadas na semana passada, pelos trabalhadores juntamente com o Sindicato assustou tanto a USIMINAS que ela arrumou na justiça uma determinação para tentar impedir as ações do Sindicato.
A ação da justiça, que recebemos ontem, determina que o Sindicato não pode “impedir ou praticar qualquer ato para impedir o ingresso à empresa e às portarias de empregados que pretendam trabalhar, de clientes, de fornecedor ou de qualquer prestador de serviço”, sob pena de pagamento de multa de R$ 20.000 por dia. Isso significa que a USIMINAS e a justiça querem impedir o Sindicato de estender faixas nas portarias para manifestação dos trabalhadores.
A determinação foi dada sem que o Sindicato pudesse refutar as mentiras alegadas pela USIMINAS.
A decisão do Juiz ressalta, no entanto, que o direito de greve é assegurado constitucionalmente e que a empresa não pode “valer-se de força pública [Polícia Militar] ou de segurança privada [Prossegur] nas suas portarias com o escopo exclusivo de inibir as atividades grevistas”, como vem fazendo em todas as atividades do Sindicato nas portarias.
Ao invés de marcar uma reunião com o Sindicato e apresentar uma proposta que atenda as reivindicações da Campanha Salarial, a USIMINAS tenta barrar a legítima organização dos trabalhadores e enfiar goela abaixo uma proposta vergonhosa. Até hoje ela não apresentou uma nova proposta.
A USIMINAS não se conforma que agora quem manda no Sindicato são os trabalhadores. O Sindicato agora é um instrumento de luta e organização para atender aos interesses dos metalúrgicos e não uma extensão do RH da empresa como na época dos pelegos.
Por isso, a USIMINAS tenta de tudo para barrar nossa luta e organização. Ela sabe a força que os trabalhadores têm quando estão unidos e mobilizados juntos com o Sindicato com um único objetivo: defender os nossos direitos e avançar nas conquistas. Ela tremeu quando viu a participação massiva dos trabalhadores nas paralisações.
Já avisamos no último boletim: a repressão não vai parar a luta dos trabalhadores! Não adianta chamar a polícia, não adianta colocar arapongas e chefia, e também não adianta entrar na justiça contra o Sindicato.
OS TRABALHADORES ESCOLHERAM UM SINDICATO DE LUTA E LEVANTARAM A CABEÇA CONTRA A TRUCULÊNCIA DA USIMINAS.
Quanto mais a usina tenta reprimir a nossa mobilização, maior é a revolta que cresce dentro da área.
SEGUIMOS MAIS FIRMES DO QUE NUNCA! CONTINUE DENUNCIANDO QUALQUER TENTATIVA DE REPRESSÃO DA EMPRESA!
“Do Rio que tudo arrasta se diz violento, Mas ninguém diz violento as margens que o comprimem” Bertold Brecht