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NO IRÃ A LUTA DE MULHERES E MENINAS POR LIBERDADE E DIGNIDADE ATRAVESSA AS FRONTEIRAS DAS NAÇÕES

20/10/2022

É preciso cobrir de solidariedade a luta contra os ataques do governo teocrático que através do braço armado do Estado já matou centenas, entre elas dezenas de crianças

Em 13 de setembro a jovem de 22 anos, Mahsa Amini estava passando férias com sua família em Teerã, capital do Irã quando foi abordada pela polícia de costumes que à serviço do governo teocrático agrediu e prendeu Mahsa, a jovem que ficou gravemente ferida morreu após 3 dias.

Qual a alegação da polícia para prender e agredir essa mulher até sua morte? O uso, segundo o critério da repressão, indevido do véu.

Desde então diariamente as ruas da capital e de diversas regiões do Irã estão ocupadas por grandes manifestações lideradas por mulheres, jovens e meninas que lutam por justiça à Mahsa, pelo direito fundamental de viver com dignidade e liberdade.

As manifestações atravessaram a cercas do país e em diversos países mulheres ocupam as ruas em solidariedade à luta por direitos, dignidade e liberdade.

O governo tem usado de mais violência para acabar com as manifestações, mas elas crescem a cada dia. Mulheres queimam véus e cortam seus cabelos nas praças, ocupam as ruas que estão cercada pela repressão do Estado que prendeu milhares e matou centenas, entres as mortes dezenas de crianças.

A luta das mulheres iranianas deve ser de todos o que lutam por dignidade, melhores condições de vida e por liberdades democráticas: a violência diária a que são submetidas as mulheres iranianas, como em outros países mostram o quanto é nocivo à vida impor um Estado teocrático à população, pois muito além de desrespeito a fé de cada um é um atentado contra a vida.

Aqui no Brasil vivemos ainda sob um governo em que o presidente odeia as mulheres, que diz que elas são um problema para os patrões porque engravidam, que turistas podem vir para o Brasil e “desfrutar do turismo sexual”, um presidente que disse que “pintou um clima “ entre  adolescentes venezuelanas que segunda sua visão imunda estavam se prostituindo na periferia do Distrito Federal, um presidente que cortou as verbas para politicas públicas de combate à violência, esse que se diz defensor da família e usa da religião para tentar esconder sua misoginia. Enquanto isso o aumento da violência e dos assassinatos de mulheres crescem a cada dia no Brasil.

Seja no Irã, no Brasil em qualquer lugar do mundo lutar pela dignidade das mulheres, jovens e crianças, contra a intervenção do Estado que tenta impor sua hipócrita e falsa moral é lutar por melhores condições de vida para o conjunto da população trabalhadora. 

 

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