Só notas dos atuais governos lamentando a tragédia não basta: é preciso punir quem estimula e pratica a violência que mata. É preciso investimento público para garantir proteção integral às crianças e adolescentes e condições de trabalho dignas aos professores e pais.
Na manhã desse 05 de abril, um homem de 25 anos entrou armado numa creche na cidade de Blumenau/SC e matou 4 crianças que tinham entre 4 e 7 anos, o assassino feriu mais 5 crianças que se encontram hospitalizadas.
A tragédia só não foi maior porque as trabalhadoras da creche conseguiram proteger bebês e mais crianças. O que aconteceu hoje não é um fato isolado provocado por um psicopata, é consequência da política de ódio e de violência estimulada pelo ex-governo Bolsonaro.
Estímulo ao uso de armas, ataque à Educação, cortando verbas e atacando a metodologia do ensino que busca contribuir para o crescimento pleno das crianças e adolescentes, discursos e práticas que estimularam ainda mais o ódio contra mulheres, negros, LGBT’S faz com que vivamos no Brasil também o que há muito tempo se vive em outros países, como nos EUA em que a liberação e o estímulo ao uso de armas já matou muitas crianças e jovens no país.
Além de nossa solidariedade ativa a essas mães, pais, avós, irmãos é preciso exigir dos governos que garantam o devido investimento em creches e escolas públicas, melhores condições de trabalho aos professores e a todos os trabalhadores, investimento em políticas públicas de proteção integral da saúde física e mental às crianças, adolescentes e seus pais.
É preciso também criar urgentemente e se fazer cumprir legislação que criminalize quem pratica e quem estimula por todos os meios, inclusive nos espaços virtuais o discurso de ódio que fere e mata estimulado principalmente pelos grupos da extrema direita.
Nessa manhã em Blumenau mães e pais trabalhadores levaram seus pequenos para creche para serem cuidados enquanto foram trabalhar. Quatro famílias não terão seus filhos de volta em casa no dia de hoje, a dor e a revolta que sentem devem ser nossa dor e nossa revolta e juntos fortalecer a luta por uma nova sociedade sem exploração e opressão, uma sociedade em que nossas crianças possam crescer seguras e felizes.