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USIMINAS insiste em redução de direitos e ao mesmo tempo demissões

03/06/2015

Hoje dia, 03/06, foi realizada mais uma reunião com a direção da USIMINAS e da USIMEC.

As empresas  reafirmaram que sua intenção é reduzir salários e ao mesmo tempo demitir. Elas insistiram na proposta absurda de reduzir os salários de 14% a 16% de TODOS OS TRABALHADORES DA SEMANA INGLESA NA USIMINAS, EM IPATINGA E CUBATÃO, E DE TODOS OS TRABALHADORES DA USIMEC, com redução de 1 dia de trabalho na semana. A empresa quer reduzir salários e demitir, pois a proposta apresentada não garante estabilidade de emprego de nenhum trabalhador, ou seja, as empresas podem demitir os trabalhadores, tanto durante quanto após a redução dos salários. 

O que a USIMINAS quer é demitir e pagar menos e aumentar o trabalho para quem ficou na área. Prova disso é que, enquanto as reuniões estavam sendo realizadas, mais de 15 trabalhadores foram demitidos na USIMEC e as empreiteiras também demitiam. E essa é só a primeira medida que a empresa quer fazer para piorar as condições de trabalho e vida na região.

A perda salarial acumulada desde novembro já é de 6%, ou seja, nossos salários já foram corroídos pelo aumento dos preços de energia, água, alimentação e outros. Enquanto ela quer reduzir o salário do trabalhador em 14%, os acionistas e diretores tiveram um aumento nos seus rendimentos de aproximadamente 8%. 

A Nippon Steel, principal acionista da USIMINAS, é a segunda maior produtora de aço do mundo. Produz anualmente 49,3 milhões de toneladas de aço bruto e lucrou 1,8 bilhões de dólares em 2014. E agora para aumentar seus lucros quer reduzir ainda mais os baixos salários dos trabalhadores. 

 OS TRABALHADORES NÃO VÃO PAGAR ESSA CONTA! DIREITOS NÃO SE RETIRAM!

 

VEJA ABAIXO MAIS DADOS DA PRÓPRIA USIMINAS, MAS QUE ELA NÃO DIVULGA NA IMPRENSA:

O Lucro bruto da empresa no primeiro trimestre de 2015 foi de R$ 244 milhões, um aumento de 319% em relação ao 4º trimestre de 2014. Só na Siderurgia, o Lucro Bruto foi de R$241 milhões, um aumento de 159%.
A produção de aços planos, ferro gusa e aço bruto, apresentou um aumento de 4,48% considerando o período de maio de 2014 a abril de 2015.
Só em 2013, a Usiminas demitiu mais de 6 mil trabalhadores em suas plantas e assim apertou ainda mais quem ficou, com a extensão da jornada e aumento do ritmo de produção, ou seja, quem ficou trabalha por 4.
A defasagem no piso salarial de Cubatão em comparação ao aumento do salário mínimo já é de 31%, desde abril de 2002, e em Ipatinga é ainda pior.
As vendas de aço aumentaram 10% para o mercado interno e o preço médio do aço aumentou 0,5%.
E houve uma redução na despesa com força de trabalho (própria e de terceiros) de 9,4%. Ou seja, arrocho e péssimas condições de trabalho para aumentar ainda mais os lucros da empresa. 
O EBTIDA (dado que mede a valorização do patrimônio da empresa) ajustado do 1º trimestre de 2015 foi de RS 379,5 milhões, aumento de 25,8% em relação ao 4º trimestre de 2014. Segundo o relatório da própria USIMINAS, esse resultado foi “devido principalmente ao melhor desempenho da Unidade de Siderurgia”. Só na Siderurgia, o EBTIDA foi de R$337 milhões, um aumento de 26%. 
As condições de trabalho pioraram e os acidentes de trabalho aumentaram. Trabalhar na Usiminas é correr risco constante.
O abafamento do alto-forno 1 é uma desculpa esfarrapada da USIMINAS, ele é o mais antigo e já está em desuso. O alto-forno 3, por exemplo, produz hoje mais que o alto forno 1 e 2 juntos.

 

A REDUÇÃO DE SALÁRIOS NÃO GARANTE OS EMPREGOS

Tanto a Usiminas como as demais empresas fazem chantagem dizendo que é preciso reduzir salários para manter empregos, MENTIRA. 
A realidade mostra que o objetivo é aumentar o lucro diminuindo os salários: basta ver o exemplo da Mercedes Benz em São Bernardo do Campo que, no ano de 2014, reduziu a grade salarial, diminuiu o piso salarial em 20% e até 2017 não pagará aumento salarial acima da inflação. Disseram que isso era a forma de manter os empregos e o que fizeram agora? Demitiram 500 trabalhadores e ainda dizem que há um “excedente de quase 2 mil”, ou seja, mais demissões.
Nossos direitos não são concessões dos patrões ou dos governos, são fruto da nossa luta. É através da luta que impedimos os ataques dos patrões, como mais esse que a Usiminas tenta fazer.
Vamos tanto em Cubatão como em Ipatinga ampliar a nossa mobilização.

A VERDADE É QUE A USIMINAS ESTÁ TENTANDO CRIAR NA CIDADE UM CLIMA DE MEDO PARA FORÇAR A REDUÇÃO DE DIREITOS DOS TRABALHADORES

E AUMENTAR OS LUCROS DOS ACIONISTAS

 

CONTRA A REDUÇÃO DOS SALÁRIOS E DEMISSÕES, PELA MANUTENÇÃO E AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS ESSA É UMA LUTA DOS TRABALHADORES DE IPATINGA E CUBATÃO E DE TODA A COMUNIDADE DO VALE DO AÇO, POIS O QUE FICA NA REGIÃO É O SALÁRIO DO PEÃO E NÃO O LUCRO DO PATRÃO

 


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